Você já se perguntou de onde vem o sorriso? Como outras coisas coisas que só os seres humanos fazem, o sorriso não parece estar presente no repertório de nenhuma outra espécie. Aliás, mostrar os dentes significa raiva ou ataque para a maioria dos mamíferos. Nos seres humanos, é quase sempre o contrário. Por quê? Para entender as expressões faciais humanas, vitais na comunicação, você precisa começar entendendo as emoções humanas. Paul Ekman, o grande psicólogo da área, construiu toda sua carreira vivendo entre os povos mais diversos e catalogando emoções e expressões faciais. O que ele descobriu? Que não importa se somos japoneses, americanos ou brasileiros, porque as seis emoções básicas são sempre as mesmas: medo, surpresa, raiva, nojo, alegria e tristeza. O mais incrível é que as emoções faciais são expressadas de maneira igual em todos os seres humanos. Isso é um atestado da nossa proximidade evolutiva, uma prova de que todos somos “primos” quando o assunto é a natureza humana. Mas vamos voltar pro assunto do dia: o riso e o sorriso. O riso é uma forma fácil de demonstrar alegria, tranquilidade, receptividade e boa vontade em relação ao próximo. Como animais sociais que somos, comunicar é de extrema importância. O sorriso tem outra vantagem: pode ser visto à distância, ajudando os primeiros hominídeos a saber quem é amigo (ou inimigo) até de longe. Minha vó diria que o sorriso é “o nosso cartão de visita”. A verdade é que o sorriso é um convite, um convite a aproximação. E saber a hora de chegar perto de alguém e a hora de se afastar é uma habilidade muito valiosa. Nesse sentido, a evolução fez questão de selecionar o sorriso controlado, aquele meio falso de foto, como algo positivo. Em outras palavras: nós aceitamos sorrisos menos espontâneos porque eles significam algo bom. Ainda que não seja genuíno, o sorriso nos põe em uma posição convidativa e indica que estamos favoráveis à interação. Além disso, porque corpo e mente se influenciam de um lado pro outro, sorrir à força pode nos fazer mais felizes, desde que não estejamos sentindo raiva. Em um experimento clássico de psicologia, participantes assistiam vídeos de comédia enquanto eram filmados. Os espectadores foram divididos aleatoriamente em dois grupos: um que deveria segurar um lápis entre o lábio e o nariz; e outro que deveria morder o lápis, mimetizando um sorriso. O que aconteceu? Curiosamente, o grupo que imitou um sorriso tosco riu muito mais e achou os vídeos bem mais engraçados do que o outro. Ou seja, ao sorrir, ativaram as mesmas áreas do cérebro ligadas à alegria (em menor intensidade, claro) e acabaram se sentindo mais alegres. Sorrir vale a pena e faz milagres. Pratique seu sorriso de receptividade, esse que não é de riso genuíno mas que significa muita coisa. Só praticar já vai te deixar mais feliz (:
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AutorA Eurekka ajuda pessoas e empresas a se desenvolverem através da reengenharia comportamental. Arquivos
Maio 2017
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